4 de agosto de 2013

Resenha - Animação - Uma História de Amor e Fúria

 Olá a todos! Como vão? Eu vou bem e muito feliz obrigada, com uns probleminhas que vou explicar em outro post que vai sair hoje provavelmente. Essa resenha vai ser muito especial, primeiro por que eu queria a muito tempo assistir essa animação brasileira (sim brasileira e muito bem feita obrigada).
 Tudo começou ano passado quando Amanda e eu tivemos que fazer um trabalho, que se resumia em apresentar um jornal, ou seja dali pesquisa! Em meio a essa pesquisa achei uma matéria que me chamou a atenção, que detalhava um pouco da animação Uma História de Amor e Fúria, logo fiquei interessada, principalmente depois do trailer que foi assim, impressionante! Eu realmente estava querendo muito ver no cinema, mas infelizmente não deu certo, mas hoje a alguns minutos eu assisti online mesmo e superou minhas expectativas em muitos aspectos!

Título: Uma História de Amor e Fúria (antes era conhecido como Lutas)
Roteiro: Luiz Balognesi.
Direção: Luiz Balognesi.
Distribuidora: Europa Filmes.
Duração: 75 minutos.
Estreia: 05/04/2013.
Sinopse: Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.


Cuidado, muitos spoilers

Essa animação ocorre em quatro períodos diferentes da história do Brasil, como sou fã de história, nacional ou internacional obviamente isso me agradou ainda mais. O primeiro período é o da Colonização em que somos apresentados a um índio Tupinamba que segue as tradições da tribo que se resume em matar uma onça para se tornar um homem, no meio dessa caçada ele é interrompido por Janaína uma índia e também seu amor, em meio a uma conversa dos dois surge um obstaculo que os obriga a fugir até chegarem na beira de um penhasco e quando pensavam que tudo estava perdido os dois se atiram do mesmo e surpreendentemente o homem começa a voar, mais tarde é explicado a ele que ele foi escolhido por uma entidade com o proposito de deter outra entidade que eu acredito que seja um fruto da maldade e inconsequência humana.
 Em meio ao confronto entre índios e portugueses Janaína morre prometendo ao protagonista que estaria sempre com ele, o que acaba por se tornar verdade.
 O segundo período é a Balaiada cujo ele encontra Janaína reencarnada e constitui família com a mesma ao mesmo tempo em que luta contra a escravidão e o abuso do poder politico da época.
 O terceiro é a ditadura, que em minha opinião foi um dos que eu mais gostei, o protagonista volta como um estudante que ao lado de Janaína luta contra a ditadura, honestamente eu gostei muito desse período pois mostrou a parte das torturas da ditadura, tudo que hoje é pintado com as palavras " Foi um período muito ruim para o Brasil" quando na verdade deveriam dizer que foi um massacre.
 O último período é o mais trabalhado em termos de animação, com cenários excelentes e com um "Q" a mais de ficção cientifica; neste período o protagonista encontra-se em 2096 onde a água é um artigo de luxo, vendido a valores altíssimos e onde a população morre de sede a cada dia enquanto os poderosos usam e abusam do recurso (algo que achei interessante e muito provável é que o Brasil é basicamente o maior exportador de água potável o que muito possivelmente será uma total verdade) lutando contra esses poderosos está  Janaína integrante do movimento Comando Água Para Todos que busca obviamente a distribuição justa do recurso natural, já nosso protagonista está tentando fugir de sua missão, desistindo de tentar mudar alguma coisa enquanto ainda ama Janaína a maís de 600 anos lutando e lutando para viver com seu amor.

 Foi algo que realmente eu não esperava, Balognesi, muito conhecido no ramo, trouxe uma área pouco explorada do cinema a animação, inspirando-se em animações japonesas, Animes, e coreanas fez a maior parte de seus trabalhos no papel, tentando manter o estilo antigo de animação. Nessa animação adulta ele conseguiu reunir história de um jeito muito diferente, mostrando o lado oposto do que é retratado em nossos livros de história, essa inversão, mostrando os verdadeiros heróis foi inovador e sem dúvidas abre caminho para muito mais... Realmente não tenho palavras para descrever o quanto essa animação é boa e deveria ser mais reconhecida Brasil e mundo afora. É um filme de conscientização do que houve no passado e do que pode acontecer no futuro, o que nos leva a pensar, será que essa "paz" que vivemos continuará? Eu digo que não a menos que nós entendamos que o futuro depende do que fazemos no presente e do que fizemos no passado.

 Espero realmente que vocês tenham gostado e pra quem ficou curioso sobre o filme aqui vai o link de onde assisti e espero que mais gente assista Uma História de Amor e Fúria.
 Por último deixo o trailer, o site oficial do filme e uma das frases de efeito que vem aos montes no filme:

Uma História de Amor e Fúria

“Meus heróis não viraram estátuas, morreram lutando contra aqueles que viraram”.




3 comentários:

  1. Meu amigo emprestou-me o filme ontem, no mesmo dia que estava afim de comentar nesse blog, então qual foi minha surpresa ao ver a resenha do filme aqui... Tipo, já estava animada, depois de ler um pouquinho sua postagem - pois tem spoiller -, fui logo para TV.
    Digamos que é fantástico! Sim, me encantei desse o desenho até o enredo em si, dando uma lição de moral bem bonita para os brasileiros, mostrando o lado opostos dos livros de história (como citou agora). Mas que saber, o final que me deixou um pouco desgostosa e vocês, gostaram do final?!

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    1. Eu honestamente odiei o final, eles poderiam ter caprichado mais na conclusão da obra, mas não fiquei muito aborrecida por que bem o restante do filme pareceu compensar essa parte! Esse animação é realmente fantástica!!! Eu gostei muito dela e quem vê nem diz que é brasileiro!

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    2. Quais as entidades religiosas tupinambá?

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